sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O menino e a rosa - Helen Buckley


Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.

Uma manhã, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.

"Que bom!"- pensou o menininho.
Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... Pegou a sua
caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.


A professora então disse:
- Esperem, ainda não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.

A professora disse:
- Esperem ! Vou mostrar como fazer.

E a flor era vermelha com caule verde
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso... Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.
Era vermelha com caule verde

Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

- "Que bom !". Pensou o menininho.
Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro.

Então, a professora disse:
- Esperem ! Não é hora de começar !

Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

"Que bom !" - pensou o menininho.
Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

A professora disse:
- Esperem ! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar.

E o prato era um prato fundo

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso.
fez um prato fundo, igual ao da professora.

E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora.

E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola.

Essa escola era ainda maior que a primeira.

Um dia a professora disse:

- Hoje nós vamos fazer um desenho.

"Que bom !"- pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer.

Ela não disse. Apenas andava pela sala.

Então foi até o menininho e disse:

- Você não quer desenhar ?

- Sim, e o que é que nós vamos fazer ?

- Eu não sei, até que você o faça.

- Como eu posso fazê-lo ?

- Da maneira que você gostar.

- E de que cor ?

- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber o que cada um gosta de desenhar ?

- Eu não sei . . .

E então o menininho começou a desenhar
uma flor vermelha com o caule verde

Autora: Helen Buckley.

Não percam também a transcrição da palestra que professor Ubiratan D'Ambrosio com o título "Formação de professores: o comentarista crítico e o animador cultural" disponível em http://vello.sites.uol.com.br/formar.htm .

2 comentários:

eldita disse...

excelente texto. Ele nos mostra q nao é só na matemática q temos q andar na "contra mao". é um problema + amplo, é de raiz. O q fazer? trabalhar com interdisciplinaridade. cada disciplina propor atividades q desenvolvam a criatividade, a autonomia. E como chegar lá ? praticando a investigação matemática em sala de aula sem esquecer q temos sensibilizar os dirigentes da escola e os pais p q estes tenham paciencia , nao se iludam com "resultados imediatos"
abs da educadora matemática de carteirinha, a eldita tramm

eldita disse...

ah esqueci de dizer q a matemática pode e deve contribuir com o desenvolvimento da criatividade e p otimizar a produção desta atividade nada + justo do q ensinar o aluno a ser um pesquisador de carteirinha (ou seja uma pesquisador 'científico")
abs